Cinema
Ma Rainey: A Mãe do Blues – Ou Levee, o trompetista
“A produção tem a capacidade de nos levar imediatamente para a América de 1927, com cenários, guarda-roupas e interpretações exemplares”.

Título: Ma Rainey: A Mãe do Blues
Realizador: George C. Wolfe
Ano: 2020
Classificação Notícias de Leiria: 7/10 brisas do lis
Viola Davis é Ma Rainey, a “Mãe dos Blues” e Chadwick Boseman é Levee, um ambicioso trompetista. Dois possíveis candidatos aos Óscares, na longa-metragem da Netflix.
O filme retrata um dia de gravações em estúdio, intercalando o destaque entre Ma Rainey e os quatro membros da sua banda. À medida que a tensão aumenta, os egos chocam e as discussões multiplicam-se com resultados dramáticos.
Sendo uma adaptação de uma peça de teatro, Ma Rainey: A Mãe do Blues tem claros limites temporais e espaciais, recorrendo a longos diálogos e, principalmente, a monólogos para transmitir a identidade das personagens e os seus contextos raciais, sociais, culturais e religiosos. A produção tem a capacidade de nos levar imediatamente para a América de 1927, com cenários, guarda-roupas e interpretações exemplares. A música é uma parte importantíssima desta viagem, trazendo maior variedade e ritmo a um filme que rapidamente se tornaria desinteressante.
A muito aclamada última interpretação de Chadwick Boseman “rouba” protagonismo à personagem principal e o argumento centra quase toda a ação em torno de Levee. No final, fica a vontade de ver mais a Ma Rainey da brilhante Viola Davis. Mais cenas que completem a personagem no imaginário do público atual, que contem a sua história com maior detalhe e que valorizem tudo o que ela conseguiu alcançar.
Veja aqui o trailer:
